IMPRO & YOGA AGORA JÁ TEMOS A TRADUÇÃO PARA O PORTUGUÊS!

Agora já temos a tradução para o português!

A improvisação e a vida andam de mãos dadas. A natureza da improvisação está baseada no comportamento humano: as técnicas são o resultado da observação deste comportamento. Se dermos uma olhada mais abrangente sobre o significado e a aplicação da improvisação, poderemos notá-la constantemente à nossa volta. Mas também podemos ver a um grande número de pessoas comunicando estas mesmas mensagens em outros contextos. E aprender muito com essas semelhanças.

Tomemos o Ioga como exemplo.

Hoje eu estava em uma aula de ioga. Era uma nova turma, guiada por um novo professor. Em primeiro lugar ele nos falou da “necessidade de libertar a nossa mente e não nos julgar. Deixar que nossos músculos façam o que sentem e estarmos conscientes, mas sem nos julgarmos ou compararmos com os outros.

Esta tagarelice interna deixará seus músculos tensos e não permitirá que eles relaxem. O desejo que querer fazer o melhor prenderá você”.

Eu tenho repetido quase que literalmente a mesma coisa nas aulas de improviso. Se você se autocensura ou se deixa comparar com os outros, se permite que a tagarelice mental e os pensamentos negativos o dominem e se preocupa por não querer errar, então você não está totalmente disponível para o seu parceiro ou a sua proposta. E você vai perder o que está acontecendo no presente. Os pensamentos negativos irão prender você.

Então ele nos disse:

“Não dê muito poder aos seus pensamentos. Quando você faz isso o ego surge e controla você. Quando os seus pensamentos te controlam, você se torna um servo deles. Quando seus pensamentos se transformam numa tagarelice negativa, numa tagarelice prejudicial, isto o impedirá de viver o presente e experimentar o agora. Qualquer ioga que não o permita colocar de lado seus pensamentos e julgamentos é uma Ioga de Hollywood. Baseada em um resultado final e não nos benefícios do processo em si.”

Como? Será que esse cara consegue ler minha mente?

Eu quase desabafei num grito de êxtase demasiado ao melhor estilo de “Quando Harry conheceu Sally”. Um orgásmico: SIM!!!!!! SIM!!!!!! SIIIIIIIIIIIM!!!!!!

Se dermos muito poder a nossos pensamentos e idéias, o ego aparece. Se temos uma linha genial, uma gag inteligente, uma finalização divertida e tratamos nossas idéias com demasiado preciosismo, então começamos a formar nossa identidade (ego) como um improvisador com a habilidade de ter essas idéias. Uma vez que o ego entra em cena na improvisação, o impulso e a generosidade se perdem. Os jogadores já não trabalham para inspirar-se mutuamente, mas sim para inspirar e dar prazer a si mesmo. Você consegue vê-los preocupando-se cada vez menos com os outros ou com a cena. Enquanto eles estiverem tendo o seu ápice, momentos, risadas e satisfação, estará tudo correndo bem. É muito difícil corrigir este tipo de improvisador, já que eles obtêm exatamente o que querem. Risadas. Eles vêem isso como um termômetro do seu desempenho. Eles não têm nenhum desejo de risco ou de descoberta, eles só querem brilhar. Eles estão jogando em segurança e são recompensados por serem inteligentes. A ideologia e a filosofia do improviso não entram em jogo. No entanto, muitas vezes estes improvisadores “brilhantes” aprendem a usar o improviso como uma forma de mascarar seus maus comportamentos. Eles também usam a generosidade dos outros para fazê-los parecer melhor. Há improvisadores que jogam entre si e improvisadores que jogam para si mesmos.

Parecia então que o Ioga havia tido a mesma batalha que o improviso. Há esta incrível filosofia, de abordagem e ferramentas que quando aplicadas removem o medo, os julgamentos e permitem às pessoas descobrir e viver no momento presente. Porém no mundo de hoje, onde precisamos atingir metas, ser bons e nos destacar, esta técnica tem recebido um tratamento “fast-food”. No ioga é o foco das posturas para conseguir uma melhor flexibilidade e se parecer mais apto e atraente. Na improvisação é o foco de se realizar a melhor gag para parecer mais inteligente e original.

Estes percursos paralelos são interessantes.

Pode-se ensinar posições de Ioga, mas sem o processo, sem a respiração e a liberação da mente – de que tipo de Ioga estamos falando? 

Pode-se ensinar jogos de improvisação, mas sem o processo, sem viver o presente, sem honrar e inspirar seu companheiro – de que tipo de improvisação estamos falando?

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post original (en inglés): 

(intento de) traducción al castellano: Miguel Ángel Morkin 

(intenção) de tradução para o português: Marccão Freire